segunda-feira, 13 de julho de 2009

Dona Yeda tenta transferir ao Ministro da Justiça sua incompetência.

13/07/2009

por Jorge Loeffler

Lendo a ZH de hoje encontro uma página inteira com o desabafo de dona Yeda. Diz que o ministro Tarso Genro é o mentor das denúncias constantes contra seu pífio governo. Ela nada mais está do que repetindo o Simon, que de tão antigo no senado e de nada saber já caiu em descrédito. Até mesmo eu que o conheci em minha juventude, pois vizinho, já não mais o suporto com aquela tertúlia flácida para dormitar bovinos. Diz ela que vai propor o impedimento do Feijó. Será que ela teme igualmente ser impedida e não quer deixar o governo para ele? É isto? O Feijó foi de utilidade inegável ao Rio Grande ao trazer ao conhecimento público todas as falcatruas confessadas por aquele baixinho intragável. Compreendi então a razão de ser mantido o tal DAER, algo absolutamente inútil e de custo altíssimo ao contribuinte. Ela botou mais gente lá e elevou salários. O desejo de prorrogar contratos com estes que nos roubam todos os dias ao usarmos rodovias construídas com o nosso tributo foi rejeita pela sociedade, mas já sei que vai voltar com mais vigor. Será que é função da eleição que se aproxima? Semana passada, indo de Lajeado a Santa Cruz do Sul, em trecho de exatos 60 quilômetros paguei dois pedágios num total de R$ 12,00 ou R$ 0,20 por quilômetro. Interessante que no referido percurso consumi exatos R$ 12,20 em gasolina.
Temos uma amiga nossa em Lajeado que está freqüentando um curso de férias na Unisc e gasta diariamente R$ 24,00 para ir e voltar, ou seja, para do rodar 120 quilômetros. Na Auto Estrada Porto Alegre – Osório, o percurso de 100 quilômetros custa módicos R$ 6,60.
Esquece dona Yeda que a segurança pública em nosso estado está do jeito que está por sua inteira responsabilidade ou incompetência, pois seu secretário nada faz, sendo figura decorativa. A polícia ostensiva em seu governo se dedica a fazer POLÍCIA POLÍCITA e ainda se intromete em atividades de exclusiva competência da Polícia Judiciária, resultando daí que há enormes desvios de efetivos que deveriam estar no policiamento ostensivo que literalmente sumiu.
E o pior de tudo é que esta intromissão custa ao contribuinte não somente a falta de policiamento como também a inutilização de provas vez que o Judiciário já tornou claro que polícia ostensiva apenas faz policiamento, sendo nulos todos os atos de cumprimento de Mandados de Busca e Apreensão. Resumindo, é dinheiro do contribuinte jogado na lata de lixo. E não me venham dizer que o Judiciário está legislando. Eles apenas cumprem e fazem cumprir o que o mandamento constitucional impõe, pois vivemos num estado democrático de direito. Só os brigadianos que fazem de conta que não sabem e o secretário nada faz, não sei se por incompetente ou relapso.
Ano passado dona Yeda destinou à área de segurança algo pouco acima de 20 milhões e o Ministério da Justiça para cá mandou mais de 120 milhões. Imaginem se o Ministro da Justiça realmente estivesse por trás dessas denúncias, nem um centavo teria vindo e já teríamos intervenção federal no estado pelo caos da segurança que seria muitas vezes maior do que é.
O Pedro Ruas é um antigo político e homem versado em direito, pois advogado. Seria ele tão burro a ponto de deixar o seu na reta ao fazer tais denúncias? Claro que não. Então qual a razão que impede dona Yeda de mover contra ele processo crime? Não seria o fato de que ele poderia argüir a exceção da verdade, obrigando a Justiça Federal a abrir os documentos que lá estão?
Quando dona Yeda nomeou um advogado para ocupar vaga do quinto constitucional como Desembargador, em favor do qual tinha havido interferência do Chico Fraga, envolvido naquele rolo da merenda escolar em Canoas. Pois este mesmo senhor igualmente ligou à Governadora pedindo nomeasse o Mendes que nem mesmo formação jurídica tem, Juiz daquele tribunal particular da BM e que hoje felizmente está em processo de extinção, pois além de oneroso e é algo que mim parece desnecessário e absurdo. Não só a mim como a 23 dos 25 Desembargadores que compõem o pleno do TJ/RS.
Dona Yeda está embretada por várias razões e uma delas é o seu enorme ego que penso seja maior do que o Rio Grande. A segunda é sua incompetência em lidar com assuntos políticos, contornando obstáculos e não é por outra razão que em algumas oportunidades escrevi que ele se move como um jovem e alegre elefante numa loja de cristais.
Até a próxima se Deus assim o permitir.