sábado, 19 de junho de 2010

Anotações de uma madrugada.

19/06/2010


Queda de braço.
De um lado os concessionários de emissoras de rádio e televisão. As instalações físicas pertencem às concessionárias, mas tanto os canais de rádio quanto os de televisão são próprios da União, ou seja, são públicos. Faz pouco tempo ouvia às 19 horas, em dias úteis, programa apresentado pelo mano Claudio Brito na rádio Gaúcha. Os concessionários que se achavam senhores de tudo, haviam obtido uma medida liminar na justiça e deixaram de transmitir A voz do Brasil, antigo programa radiofônico levado ao ar sempre das 19 as 20horas. Entendiam eles que deveriam disponibilizar à União os horários menos rentáveis a eles. Deram-se mal, felizmente, pois em última análise estes canais pertencem ao povo da nação. Confesso que entendo ser o Claudio Brito que é Promotor Público aposentado, o melhor profissional que milita na repetidora. Muito melhor que outro que tem fama, mas está abaixo do Brito. Já vi o outro, o sabichão, levar duas verdadeiras tundas quando no ar, uma foi do Professor Carlos Alberto Chiarelli, faz muitos anos, e outra recentemente na TV por parte do Alceu Moreira. Com estes dois ele não conseguiu se impor. Não gosto dele, pois quando determinado governo do estado fez todo o possível para quebrar a Caldas Júnior, este era funcionário da mesma e organizou os empregados a fim de tomarem a empresa. Para azar dele a empresa foi adquirida pelos Ribeiro e o tal foi mandado embora.
Muitos defendem o fim dos canais públicos de televisão. Eu não. São estes os canais que nos trazem programação de excelente nível. Os outros só se interessam por aquilo que lhes renda muito dinheiro e em razão disto temos os Big Bosta da vida e outras tantas merdas, isto sem considerara praga das novelas que escravizam milhões que deixam de ler, por exemplo, para religiosamente assistirem os capítulos diários de novelas. E o pior é que quando as mesmas se aproximam do final, já exauridos os assuntos, os caras enchem lingüiças por semanas e os babacas ficam à frente dos televisores babando.
Como perdi o sono assisti às 04 horas de hoje um programa na TV Cultura de São Paulo, cujo título parece-me ser “Encontro com os Cientistas. O entrevistado foi o antropólogo Antonio da Matta. Um belíssimo programa, daqueles que proporcionam enorme prazer a quem os assiste. Algo que o entrevistado disse me calou fundo. Disse que certa feita chegou a aldeia dos Carijós e soube que instantes antes haviam sepultado uma mãe falecida no parto e seu bebê, este nascido vivo por que na aldeia não havia uma única mulher que pudesse amamentá-lo no peito. Disse ele que não sabe qual seria sua reação se lá estivesse naquele momento. Diferentes culturas provocam enormes choques sem dúvida alguma.
Eu não consigo aceitar a intromissão da igreja de Roma que veio vender aos então habitantes desta terra, os nativos, o seu Deus. Tinham eles seus deuses para tudo e viviam muito bem. Viviam tão bem que até então desconheciam a gripe, a sífilis, as doenças venéreas etc. Lamento que assim tenha sido, pois entendo que a cultura de cada um dos povos deve ser respeitada. Se no correr do tempo decidissem eles adotar algo de outra cultura, no caso a nossa que era a invasora, que o fizessem livremente. E a coisa foi tão violenta que essa mesma igreja impunha aos negros escravizados nomes cristãos e dos tais santos. Com isto tiraram dos negros até mesmo sua identidade. Os negros eram capturados como se animais irracionais fossem e aqui vendidos como escravos. Era-lhes servida uma farta ração diária não por consideração e sim como combustível a fim de as “maquinas” estivessem abastecidas a fim de trabalhar de sol a sol no dia seguinte. Certa ocasião assisti um comercial gravado em estádio de futebol no Rio de Janeiro e vi um negro que tinha tão somente os dentes caninos escancarar a sua boca e gritar: Vasco, Vasco. Olhei para a TV indignado e chamei-o de filho da puta, pois os portugueses trouxeram seus ancestrais para cá, se serviram das mulheres e filhas dos mesmos para saciar seu apetite sexual. Assim sendo como poderia aquele cretino torcer pelo Vasco da Gama? O fazia por absolutamente ignorante, sem escolaridade que lhe permitisse pensar. Tempos depois meu filho contou este fato a seus amigos em Taquara e a turma caiu na gargalhada concordando com o que eu dissera. E digo que a escolaridade necessária para pensar não é necessariamente a superior. Todos que puderem cursara a universidade que o façam, pois extremamente importante. Necessário ler e ler muito. Há um brasileiro, industrial dos mais bem sucedidos e que nunca enfrentou uma greve entre seus empregados. Seu nome é José Alencar Gomes da Silva. Ele tem somente por escolaridade o antigo curso primário, mas já o ouvi várias vezes e não há assunto que não domine. Ele fala sobre cultura, artes, economia e por aí vai. Seu conhecimento foi adquiro do ao longo de sua extensa vida através da busca constante do conhecimento. Este cidadão vocês conhecem apenas como José Alencar e é o Vice Presidente da Republica.

domingo, 13 de junho de 2010

Operação da Brigada Militar no Rio Grande do Sul prende 554 pessoas

Uma operação da Brigada Militar que começou na quinta-feira (10) e terminou na manhã deste domingo (13) em todo o Estado do Rio Grande do Sul resultou na prisão de 554 pessoas, 33 com posse de entorpecentes.

Na operação, foram apreendidos 8 quilos de maconha, 182 gramas de crack e 70 gramas de cocaína. Dezoito pessoas foram presas por tráfico de drogas. Foram recolhidas, ainda, 29 armas brancas, 24 armas de fogo e duas impróprias. Também foram efetuadas 161 apreensões de munição.

A brigada montou 1.480 barreiras em todo o Estado e fiscalizou 71.572 veículos. Desses, 2.088 foram autuados e 612 apreendidos. Quinze carros roubados foram recuperados.

A fiscalização também chegou a bares e casas noturnas. A brigada apreendeu 82 máquinas de caça-níquel. UOL
Fonte: www.camera2.com.br


Diz o blogueiro – essa polícia que de ostensiva tem muito pouco vez que se comporta como um partido político voltado aos interesses corporativos. Isto nada mais é do que a obrigação deles de estarem nas ruas 24 horas ao dia e 365 dias ao ano. Agora essa de “armas impróprias” confesso que já vi várias vezes, mas não consigo imaginar o que seja e isto que sou Comissário de Polícia hoje inativo depois de mais de trinta anos de atividade. Eles são igualmente peritos em fazer marketing. Consumados os roubos a bancos os mesmos passam à Polícia Judiciária que os investiga através do DEIC. Mesmo assim eles montam um enorme circo e ficam fazendo marketing, contando para tal com os focas e editores de polícia despreparados em jornais. E assim vão iludindo os pagadores de tributos que não contam com o policiamento a que tem direito pelos tributos que pagam.
Opinião Enviado em 13 de Junho de 2010
Publicado por Ruy Gessinger
Li um interessante artigo em ZH de ontem, em que se apela para deixar a internet um pouco de lado, em prol de aconchego e do convívio. São ponderáveis as razões e a leitura é de proveito.
Mas me lembrei de algumas coisas.
Quando eu era gurizinho bem novo, o que mais gostava de fazer era me enfurnar no meu quarto e ler Winnetou de Karl May, Seleções do Readers Digest e acompanhar os jogos de xadrez que eram reproduzidos no Correio do Povo. Sim, aprteciava jogar futebol e dar fundaços nas pombas rolas, mas gostava mesmo era de me refugiar no quarto e ler. Acho que foi por isso que suplementei muita coisa que a rua e a escola não me deram.
Quando assumi meu cargo de juiz em Horizontina, em 1972, só conseguia falar com meus pais em S. Cruz através do radioamador. Eles tinham que ir até a casa do meu primo Otávio Beck e eu ia na casa de um radioamador de Horizontina, cujo nome não me recordo e aí conversávamos. Esse meu primo passava horas, dias e noites, falando através do radioamador, encerrado em um quartinho, com todo o mundo. Ficava recluso no quartinho, isso mesmo, horas e horas, falando e falando com gente que nunca viu e que nunca veria.
Depois surgiu a onda do rádio faixa cidadão, os famosos PX. Acho que isso foi lá pelos anos 80. Eu tinha um rádiotransmissor no meu carro. Bah, eu entrava no carro e já ia falando com desconhecidos. Cansei de o carro estar na garage e eu me sentar dentro e ficar horas falando .
Não sei não. Mas eu tenho um pouquinho de alergia a junção de gente, todo mundo falando ao mesmo tempo, tenho um pouco de urticária com visitas ou reuniões prolongadas e não aguento palestras, nem formaturas, nem festas de juntamento de conhecidos ou turmas de formatura.
Muita gente é assim.
E a internet, se resulta em algumas mortes ou crimes passionais, de outro lado é um belíssimo meio de instrução, de busca de cultura e de informação independente.
Claro, até remédio, tomado em excesso, mata.
Mas é da natureza do humano ficar solito às vezes.
Ou não é a coisa mais linda matear solito numa madrugada?

COMENTÁRIO DO LOEFFLER

Ruy muito interessante este artigo sobre Internet. Todos os dias ao meio-dia sintonizo a repetidora a fim de assistir o tal JA, hoje o moderno circo, vez que sempre vai a uma cidade do interior com os seus “artistas” e de lá transmite levando uma montanha de dinheiro das Prefeituras. E esses Prefeitinhos adoram aparecer na TV. Os grandes grupos de comunicação odeiam a Internet, pois dentro de seus veículos conseguem controlar os conteúdos, mas a Internet trás a todos nós aquilo que querem esconder. No final do ano passado o Prévidi lançou um livro com o título ”Farofa e Pimentão” o qual tem uma história minha de praia. São mais de vinte historias vividas por várias pessoas em nosso litoral. Naquela ocasião conheci uma figura simpática e educada que me ofereceu seu cartão. Não pude fazer o mesmo, pois ainda não providencie cartões de visita. Dita pessoa amabilíssima perguntou se poderia me visitar aqui na praia. Respondi que teria imenso prazer em recebê-lo em minha residência, mas que não me viesse oferecer patrocínio de uma instituição estatal na qual trabalha, pois isto me tiraria a liberdade editorial que tenho por não vender espaços publicitários. Ele não apareceu aqui no verão. Dia 7 do corrente em outro lançamento de livro nos encontramos. Cobrei a visita dele e disse-me que não veio ao litoral, mas que vai me visitar. Já fui consultado por uma banca de advocacia de Porto Alegre sobre anúncios no meu blog. Digo aqui que ainda não respondi a consulta. Reconheço que foi grosseria de minha parte, pois faz bem mais de um mês. Não houve maldade de minha parte, pois o volume de mails que recebo está ficando muito pesado a um só. Preciso repensar o site.

Fonte: http://blog.gessinger.com.br/

Coisas que ocorrem em nosso país.

13/06/2010

Neste final de semana foi divulgado em emissora de TV que o STJ concedeu Habeas Corpus a dois dos envolvidos no furto qualificado perpetrado contra o Banco Central em Fortaleza. De lá foram subtraídos 160 milhões de reais. Dinheiro para ninguém botar defeito. Estes dois que participaram do crime estavam enjaulados literalmente falando, pois apanhados pelo instituto da Prisão Preventiva aplicada durante a investigação do fato e que deveria durar pouco mais de 80 dias já que assim está no Código de Processo Penal estavam como disse “enjaulados” fazia mais de seis anos. Esta prisão era absolutamente arbitrária e não foi por outra razão que o STJ relaxou-a. Até agora não haviam sido julgados. Temos agora a Lei que veda o acesso a candidaturas a políticos condenados por um colegiado, ou seja, em segundo grau. Esta lei ainda vai dar muito que falar, pois a lei só pode retroagir para beneficiar o réu. Este é um dos princípios que norteia o direito.
Hoje acompanhando os jogos da Copa do Mundo dei uma passada no Canal 10 (Band) e para minha supressa lá estava um assassino já condenado, parece-me que em segundo grau, comentando o jogo. Trata-se do senhor Edmundo, também conhecido pela alcunha ou vulgo de “ANIMAL”. Esse cidadão, bêbado, envolveu-se num acidente de trânsito em que foram ceifadas duas ou três vidas. Como tem meios, ao que sei, seu processo está em Brasília para ser julgado mais uma vez. Ressalto que o mesmo ainda poderá ser beneficiado pelo instituto da prescrição.
Há outro caso que bem demonstra essas coisas que ocorrem neste país. O jornalista Pimenta da Veiga que deve ter muitas “pimentas” no cérebro, teve um caso amoroso com uma jornalista, colega sua de jornal que desfez a relação. Ela era Sandra Gomide, cerca de trinta anos mais jovem que ele. Este senhor matou-a de forma covarde e nojenta, desferindo contra a mesma um tiro pelas costas. E o fez numa propriedade no estado de São Paulo, em plena luz do dia e na presença de testemunhas. Esteve preso. Foi julgado o condenado, mas hoje goza de liberdade e dada sua idade já um tanto avançada por certo irá morrer em liberdade.
E é exatamente aqui que me pergunto por que a sociedade junto quase dois milhões de assinaturas a fim de encaminhar este projeto que resultou na Lei da Ficha Limpa e não toma uma atitude a fim de acabar com estes casos que fogem a regra e só beneficiam os que podem constituir excelentes advogados, pois penso que estes dois bandidos deveriam estar na cadeia. E você leitor o que pensa?