Quando digo que as pessoas se comportam tal como uma manada por certo alguns ficam indignados. Faz pouco tempo houve um vazamento acidental de cerca de 20.000 litros de óleo no oceano quando da transferência de um navio tanque ao Terminal Almirante Soares Dutra em Tramandaí.
O fato despertou a ira de milhares senão milhões de pessoas. Tal foi objeto de generosos espaços nos meios de comunicação não só nacionais como pelo continente.
FEPAM, IBAMA, PATRAM e incontáveis entidades ambientais se serviram do fato e deitaram falação por vários dias.
Pescadores profissionais que por estarmos no período do defeso e por isto são remunerados pelo Governo Federal aventaram a possibilidade de ajuizarem ação cobrando indenização. Resumo. O fato se prestou a toda sorte de aproveitadores que fizeram aquela festa.
Na semana que passou tivemos a tal cavalgada do mar. Foram dois mil cidadãos e cidadãs montados em cavalos exibindo-se à beira mar em meio aos veranistas. Foram dois mil eqüinos e como cada um deles tem quatro patas assim foram oito mil patas. Assim cada uma das oito mil patas levava ao solo a pressão de cerca de 100 quilos cada vez que uma delas chegava até a areia, sob a qual vivem mariscos, tatuíras, minhocas do mar e expressiva quantidade de outras formas de vida marinha. Os cavaleiros e as amazonas por certo ignoram tal e igualmente os banhistas que os aplaudiam entusiasmados enquanto a urina e a bosta caiam sem a menor cerimônia.
É por esta e outras que digo que a humanidade é estúpida e burra. Os meios de comunicação aplaudiram essa estupidez.
E agora depois de haver demonstrado o tamanho da estupidez de tal comportamento vai sobrar para certos órgãos que não são burros tendo lhes faltado somente vergonha na cara para impedirem essa estupidez.
Onde estavam FEPAM, IBAMA, PATRAM E MP?
Terminada essa cagada coletiva observo que se eu levar minha cachorrinha que pesa cerca de dois quilo até o mar e essas “otoridades” me surpreenderem serei preso em flagrante, pois estarei atentando contra o ambiente
Será que algum desses órgãos terá a coragem de se manifestar? Isto somente o tempo dirá.
quinta-feira, 1 de março de 2012
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Irã, o alvo dos insanos
By admin – 04/02/2012Posted in: Destaques, Geopolítica, Mundo
Robert Fisk escreve: “um ataque a Teerã seria loucura. Por isso mesmo, não exclua a possibilidade”
Tradução: Vila Vudu
Se Israel atacar o Irã esse ano, Israel – e os EUA – darão prova de serem ainda mais doidos do que seus inimigos acreditam que sejam. Sim, Mahmoud Ahmadinejad, o presidente iraniano, é doido, mas Avigdor Lieberman, que parece ser ministro dos Negócios Exteriores de Israel, também é. Talvez queiram fazer favores um ao outro.
Mas por que Israel bombardearia o Irã, e atrairia sobre a própria cabeça a fúria simultânea do Hezbollah libanês e do Hamás — sem falar na Síria? E, isso, também sem lembrar que Israel atrairia para o fundo do mesmo buraco e para o mesmo tiroteio o ocidente – a Europa e os EUA.
Talvez seja porque vivo no Oriente Médio há 36 anos, mas pressento alguma tramóia no ar. Até Leon Panetta, nada menos que secretário de Defesa dos EUA, anda dizendo que Israel talvez ataque o Irã. E também a CNN – e seria difícil achar mais antiga criadora de tramóias –, e até o velho David Ignatius[1], que não está no Oriente Médio há uma ou duas décadas, repete que Israel talvez ataque o Irã, “informação” colhida, como sempre, de suas “fontes” israelenses.
Já esperava esse tipo de conversa, quando passava os olhos pelo The New York Times Magazine da semana passada – e não é propaganda, porque não quero que os leitores de The Independent percam tempo e energia lendo aquelas bobagens – e encontrei um alerta, escrito por um “analista” (nunca consegui entender o quê, exatamente, é um “analista”) israelense, Ronen Bergman, do jornal israelense Yedioth Ahronoth.
Eis aqui a isca de Bergman, bem no estilo da velha toada da velha propaganda de guerra: “Depois de falar com muitos [sic] altos líderes israelenses e comandantes [outro sic] militares e da inteligência de Israel, estou convencido de que Israel realmente atacará o Irã em 2012. Talvez na pequena e cada vez menor janela de tempo que ainda resta, os EUA decidam, afinal, fazer alguma coisa, mas do ponto de vista de Israel, a esperança já é quase nenhuma. Em vez de esperança, o que se vê é a mesma combinação, tão típica dos israelenses, de medo e tenacidade, a feroz convicção, certa ou errada, de os israelenses sempre têm de se defender sozinhos.”
Ora essa! Primeiro, qualquer jornalista que preveja ataque de Israel contra o Irã põe o próprio pescoço na guilhotina. Segundo, jornalista que preste – e há muitos em Israel – perguntaria a si mesmo, antes de escrever: Para quem estou trabalhando? Para o meu jornal? Ou para o meu governo?
Panetta, que já mentiu aos soldados dos EUA no Iraque, quando lhes disse que estavam lá por causa do 11 de Setembro, deveria saber jogar o jogo com mais competência. A CNN também. E Ignatius é para ser esquecido. Mas… que conversa é essa, em geral? Nove anos depois de invadir o Iraque – aventura muitíssimo bem sucedida, como não se cansam de repetir até hoje –, porque Saddam Hussein tinha “armas de destruição em massa”, lá estamos nós, aplaudindo que Israel bombardeie o Irã, por causa de outras “armas de destruição em massa”, ainda mais improváveis.
Não duvido de que, segundos depois de ouvir o noticiário, os redatores grotescos que redigem os discursos de Obama já estarão metendo mãos à obra para encontrar as palavras certas de apoio a um ataque israelense. Se Obama pode trocar a defesa da liberdade e dos direitos dos palestinos ao próprio Estado pela própria reeleição, não há dúvidas de que poderá apoiar a agressão israelense, na esperança de que o mantenha na Casa Branca.
Mas, se os mísseis iranianos começarem a chover sobre os navios de guerra dos EUA no Golfo – para não falar das bases norte-americnas no Afeganistão –, os redatores de discursos de Obama terão, aí sim, muito mais trabalho. Que, pelo menos, não deixemos que britânicos e franceses entrem nessa.
–
[1] David Ignatius é colunista norte-americano, muito conhecido por suas ligações com a inteligência israelense; aparece lembrado aí, por causa de matéria intitulada “Is Israel preparing to attack Iran?”, 2/2/2012, publicada no Washington Post, que foi comentada ontem em vários jornais do mundo, precisamente pelo tom de desabrida propaganda de guerra [NTs].
Fonte: http://www.outraspalavras.net/2012/02/04/ira-o-alvo-dos-insanos/
Diz o blogueiro - não acredito nesse ataque que vem sendo anunciado por que embora guerras sejam necessárias à indústria bélica, especialmente à americana que não sei se controla o senado ou se é controlada pelo senado. Segundo sei expressiva maioria dos senadores americanos são acionistas de tal indústria que precisa vender tudo o que produz pouco importando sobre quem vá explodir. Os americanos são um povo tão ou mais desligado do que ocorre no mundo do que o nosso, mas são criados com valores patrióticos e se chamados vão à guerra. Necessário considerar que nos Estados Unidos está assentado um monstro sem rosto e sobre o qual os meios de comunicação por razões óbvias nada dizem. É o sionismo internacional instituido para a proteção do Estado de Israel pouco importando o quanto custe.
Robert Fisk escreve: “um ataque a Teerã seria loucura. Por isso mesmo, não exclua a possibilidade”
Tradução: Vila Vudu
Se Israel atacar o Irã esse ano, Israel – e os EUA – darão prova de serem ainda mais doidos do que seus inimigos acreditam que sejam. Sim, Mahmoud Ahmadinejad, o presidente iraniano, é doido, mas Avigdor Lieberman, que parece ser ministro dos Negócios Exteriores de Israel, também é. Talvez queiram fazer favores um ao outro.
Mas por que Israel bombardearia o Irã, e atrairia sobre a própria cabeça a fúria simultânea do Hezbollah libanês e do Hamás — sem falar na Síria? E, isso, também sem lembrar que Israel atrairia para o fundo do mesmo buraco e para o mesmo tiroteio o ocidente – a Europa e os EUA.
Talvez seja porque vivo no Oriente Médio há 36 anos, mas pressento alguma tramóia no ar. Até Leon Panetta, nada menos que secretário de Defesa dos EUA, anda dizendo que Israel talvez ataque o Irã. E também a CNN – e seria difícil achar mais antiga criadora de tramóias –, e até o velho David Ignatius[1], que não está no Oriente Médio há uma ou duas décadas, repete que Israel talvez ataque o Irã, “informação” colhida, como sempre, de suas “fontes” israelenses.
Já esperava esse tipo de conversa, quando passava os olhos pelo The New York Times Magazine da semana passada – e não é propaganda, porque não quero que os leitores de The Independent percam tempo e energia lendo aquelas bobagens – e encontrei um alerta, escrito por um “analista” (nunca consegui entender o quê, exatamente, é um “analista”) israelense, Ronen Bergman, do jornal israelense Yedioth Ahronoth.
Eis aqui a isca de Bergman, bem no estilo da velha toada da velha propaganda de guerra: “Depois de falar com muitos [sic] altos líderes israelenses e comandantes [outro sic] militares e da inteligência de Israel, estou convencido de que Israel realmente atacará o Irã em 2012. Talvez na pequena e cada vez menor janela de tempo que ainda resta, os EUA decidam, afinal, fazer alguma coisa, mas do ponto de vista de Israel, a esperança já é quase nenhuma. Em vez de esperança, o que se vê é a mesma combinação, tão típica dos israelenses, de medo e tenacidade, a feroz convicção, certa ou errada, de os israelenses sempre têm de se defender sozinhos.”
Ora essa! Primeiro, qualquer jornalista que preveja ataque de Israel contra o Irã põe o próprio pescoço na guilhotina. Segundo, jornalista que preste – e há muitos em Israel – perguntaria a si mesmo, antes de escrever: Para quem estou trabalhando? Para o meu jornal? Ou para o meu governo?
Panetta, que já mentiu aos soldados dos EUA no Iraque, quando lhes disse que estavam lá por causa do 11 de Setembro, deveria saber jogar o jogo com mais competência. A CNN também. E Ignatius é para ser esquecido. Mas… que conversa é essa, em geral? Nove anos depois de invadir o Iraque – aventura muitíssimo bem sucedida, como não se cansam de repetir até hoje –, porque Saddam Hussein tinha “armas de destruição em massa”, lá estamos nós, aplaudindo que Israel bombardeie o Irã, por causa de outras “armas de destruição em massa”, ainda mais improváveis.
Não duvido de que, segundos depois de ouvir o noticiário, os redatores grotescos que redigem os discursos de Obama já estarão metendo mãos à obra para encontrar as palavras certas de apoio a um ataque israelense. Se Obama pode trocar a defesa da liberdade e dos direitos dos palestinos ao próprio Estado pela própria reeleição, não há dúvidas de que poderá apoiar a agressão israelense, na esperança de que o mantenha na Casa Branca.
Mas, se os mísseis iranianos começarem a chover sobre os navios de guerra dos EUA no Golfo – para não falar das bases norte-americnas no Afeganistão –, os redatores de discursos de Obama terão, aí sim, muito mais trabalho. Que, pelo menos, não deixemos que britânicos e franceses entrem nessa.
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[1] David Ignatius é colunista norte-americano, muito conhecido por suas ligações com a inteligência israelense; aparece lembrado aí, por causa de matéria intitulada “Is Israel preparing to attack Iran?”, 2/2/2012, publicada no Washington Post, que foi comentada ontem em vários jornais do mundo, precisamente pelo tom de desabrida propaganda de guerra [NTs].
Fonte: http://www.outraspalavras.net/2012/02/04/ira-o-alvo-dos-insanos/
Diz o blogueiro - não acredito nesse ataque que vem sendo anunciado por que embora guerras sejam necessárias à indústria bélica, especialmente à americana que não sei se controla o senado ou se é controlada pelo senado. Segundo sei expressiva maioria dos senadores americanos são acionistas de tal indústria que precisa vender tudo o que produz pouco importando sobre quem vá explodir. Os americanos são um povo tão ou mais desligado do que ocorre no mundo do que o nosso, mas são criados com valores patrióticos e se chamados vão à guerra. Necessário considerar que nos Estados Unidos está assentado um monstro sem rosto e sobre o qual os meios de comunicação por razões óbvias nada dizem. É o sionismo internacional instituido para a proteção do Estado de Israel pouco importando o quanto custe.
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