23/05/2011
Com o transcorrer do tempo vamos observando fatos que nos cercam até que em determinado momento a coisa explode e então ficamos sabendo que vivemos em meio a uma corja de ladrões. Minha esposa retira medicamentos destinados ao tratamento de sua hipertensão no Posto 24 Horas de nossa cidade. Eu não o faço embora tenha direito, pois quem paga tais medicamentos é o Governo Federal. Faz cerca de dois anos faltou Captopril no Posto. Ela ficou dois meses sem o medicamento fornecido pelo sistema de saúde pública. Óbvio que compramos tal medicamento. Lembro que o mesmo era fabricado pelo Laboratório da Marinha e custava ao entre público parece-me que R$ 00,1.
Álbum tempo depois faltou Enalapril, medicamento destinado ao tratamento da hipertensão. As fraudes são tão comuns que uma grande quadrilha se estabeleceu em Barão do Cotegipe, cidade de cerca de 6.000 habitantes na chamada grande Erexim. Convenhamos que são burros demais ou confiavam na impunidade, pois instalar uma dúzia de empresas vendedoras de medicamentos em cidade tão pequena só teria explicação em serem ousados demais ou confiarem na impunidade. Ocorre que a Controladoria Geral da União (CGU) sorteia cidades em todo o país e faz uma verdadeira varredura nas Prefeituras. Trabalho de gente competente e que dá resultados, pois aqui, em 2006, outubro, descobriram que nossa Prefeitura pagava o Bolsa Família para seus próprios funcionários. Como se vê, a CGU é competente.
Como essas quadrilhas combinavam os preços de forma a saberem antecipadamente quem iria ganhar então dividiam o lucro resultante da fraude com servidores e ocupantes de cargos eletivos. Essa gente é a mais ordinária, pois se locupleta sobre a desgraça de seus semelhantes. Gente assim penso que só mesmo fuzilando.
Este comportamento não é exclusivo dos fornecedores de medicamentos não. As emissoras de rádio quando “convidadas” às licitações ou mesmo que não convidadas e sim os processos sejam abertos, combinam os valores a serem apresentados de forma a saberem quem vai vencer. Isso é fato. Se repassam parte dos valores a pessoas ligadas às Prefeituras não sei, mas que tem trampa nesses processos isto é inegável. Quando nossa Prefeitura licitou contratar emissora de rádio, contrato renovado recentemente sem licitação fechou contrato pelo valor mensal de R$8.000,00 (oito mil reais) mensais.
Faz já um bom tempo que escrevi artigo pra o www.litoralmania.com.br e no mesmo foi feito comentário afirmando que as emissoras combinam entre si quem vai ficar com que Prefeitura.
Lembro que quando escrevi referido artigo, nossa Prefeitura tinha convidado três emissoras, uma de Capão da Canoa, uma de Osório e outra de Santo Antonio da Patrulhas. A de Capão da Canoa foi a vencedora. Vence faz vários anos. Interessante que nunca consegui sintonizar no meu rádio a emissora de Santo Antonio da Patrulha o que me faz pensar que a mesma não tenha a potência necessária par alcançar nossa cidade. O comentário foi feito pelo radialista Rodrigo Pecker, de Osório. E agora? Fazer o que?
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