02/12/2009
Nesta segunda-feira retornávamos de Estrela onde fôramos visitar filha, genro e netos. O neto Guilherme Luís com três anos e meio pediu para passar uns dias na casa da vovó na praia. Como seus pais concordaram nós o trouxemos. Foi uma viagem como tantas outras, absolutamente normal. Trafegávamos pela RS-118 no sentido BR-116/Free-Way. A RS-118 está sendo duplicada pelo atual governo, num trecho bem curto é verdade, pois dinheiro não há e o tal déficit zero é uma mentira das mais deslavadas que já ouvi. Obsevei mais uma vez um infindável cordão de casebres às margens da RS-118 e mostrei ao Guilherme como há pessoas que vivem com extrema dificuldade. Embora com menos de quatro anos, penso seja bom que ele saiba que embora seus pais tenham limitações financeiras, ele leva uma vida muito boa em relação à maioria de nossos irmãos brasileiros. Observei igualmente, mas não pude comentar, surpreendente número de prostitutas às margens da rodovia, em plena luz do dia, pois devia ser algo pouco depois das 16 horas. Outrora tal cena era comum à noite, mas hoje não há mais horário. Lembro que quando iniciei minha carreira na Polícia Judiciária lá em 1966, tais mulheres eram ditas de “vida fácil”. Definição mais do que cretina, pois deitar-se sob ou com certos tipos a meu ver faz de muitas delas heroínas. Aguentar bêbados é tarefa árdua a menos que os cretinos usem Viagra. Os tempos mudam mesmo. Quando ainda jovem ouvia falar eu houve época em que importávamos prostituas da Polônia. Hoje exportamos putas e viados para o mundo todo. De importadores a exportadores. Progresso, não? Faz poucos dias postei no blog matéria do jornalista Leandro Demori que ouso dizer meu correspondente na Itália em que ele descia a lenha nos jornais de lá criticando nossos travecos, mas ignorando que os deles disputam espaço com os nossos. Xenofobia é o termo que define esse comportamento. Na antiguidade onde hoje se situa a Itália foi fundada a cidade de Roma por dois filhos da puta, irmãos gêmeos, Rômulo e Remo. Na cidade de Roma há uma estátua em homenagem a Lupa. É uma loba em metal. Lupa em latim tinha, ou melhor, tem duplo sentido, loba e puta. Esses dois malandros fundaram um dos maiores impérios da antiguidade. Lá eles tinham esgoto cloacal canalizado faz dois mil anos. E aqui quando mesmo teremos? Quando digo aqui me refiro a Xangri-Lá onde vivo. Os dois irmãos e os outros companheiros que fundaram a cidade não dispunham de mulheres. Consolidada a muralha da cidade convidaram os Sabinos, povo vizinho para uma grande festa, pedindo que fossem desarmados, pois seria uma confraternização. Deram um porre nos Sabinos e quando estes estavam prontos lhes meteram o pé na bunda apossando-se de suas mulheres e filhas. Indignados os Sabinos começaram a fazer alianças com povos vizinhos para atacar Roma. Quando se sentirem preparados iniciaram a movimentação e, ao chegarem aos portões de Roma encontraram os romanos e suas ex-mulheres e filhas com filhos dos romanos ao colo. Ao que sei este foi o primeiro episódio de aceitação coletiva de chifres. Esse italianos tem cada uma, não? Os senhores romanos faziam suas festas que duravam até três dias? Comiam e bebiam a até entupir e aí se dirigiam ao vomitório, uma dependência da casa romana onde um criado lhes enfiava uma pena de ganso na garganta fazendo com que pusessem tudo pra fora. Então lavavam boca com água e sais e voltavam a comer. E o senhor da festa para encerra-la mandava que lhe trouxessem em efébo que traçava na frente de todos sem o menor constrangimento, mostrando sua virilidade. Com se vê não inventamos nada, apenas copiamos. E assim caminha a humanidade. Até quando somente Ele sabe.
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