terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Acabei dentro de uma casa de jogos

11/01/2010
Hoje à tarde fui a Capão da Canoa apesar do calor insuportável e igualmente do movimento. Tinha um compromisso. Lá chegando encontrei o mano Márcio de Oliveira Ramos. Sob sol escaldante batemos um papo rápido, pois o restante colocaremos em dia amanhã à noite, quando reiniciarmos as atividades em nossa Loja. Fui até a Net e depois de resolver problema, lá estando decidi visitar os Veiga do Tela 20 em seu estúdio, vez não os via desde o ano passado. Fui recebido por ele que como sempre atencioso. Cumprimentei sua esposa, hoje mais jovem que ano passado e disse isto a ela que riu. Cumprimentei o filho de ambos, igualmente gente fina e cai fora, pois ele estava na sua ilha de produção envolto com os problemas próprios da atividade. Resolvi então visitar a Cláudia Carvalho que também tem um programa no Canal 20 da Net. Entrei para isto no chamado Shopping. Subi as escadarias já que o elevador não gostou da minha cara. Chegando já exausto no último pavimento, fui abordado por um jovem membro da Polícia Judiciária o qual me perguntou se trabalhava no local, ao que respondi não. Ele então de forma educada perguntou se eu poderia testemunhar a apreensão de dinheiro e materiais de jogos ali naquele pavimento já que o pessoal da Corregedoria da Polícia Judiciária estava cumprindo mandado de busca e apreensão contra uma casa de jogos. Claro que não me opus por ser cidadão e ser esta uma obrigação da cidadania e outra por ser Comissário de Polícia inativo. Ali conheci uma Promotora de Justiça simpaticíssima e alegre acima de tudo. Os colegas haviam pedalado a porta do antro de jogatina (pedalar na linguagem policial significa meter o pé na referida porta, arrombando-a). No interior havia alguns outros policiais, sendo apenas duas colegas do sexo feminino. Todos os colegas extremante educados e respeitosos no trato com os contraventores. Testemunhei a apreensão de dinheiro que havia praticamente em todas as 29 máquinas chamadas caça níqueis. Despertou-me a atenção a apreensão de dois cheques o BB, um no valor de R$ 500,00 e outro no valor de R$ 1.000,00, ambos de um mesmo jogador que estava ausente. Melhor dizendo, jogador não, mas mais uma vítima desta praga que destroça vidas e famílias. Convenhamos, deixar dois cheques que perfazem 1.500 reais numa casa de jogos significa que o titular desta conta bancária já está efetivamente viciado, ou seja, amanhã não tendo mais dinheiro na conta começara a vender roupas, eletrodomésticos e por aí vai. Geralmente tal culmina com a venda da habitação da família. Não é por outra razão que o jogo é proibido neste país. O jogo está tipificado como contravenção penal por ser um ilícito de menor potencial ofensivo, mas que pode levar o seu praticante a perdas graves como já mencionei acima.
Sei que alguns vão dizer que há os jogos admitidos e oficializados pelos governos, federal e estadual. Verdade. E lembro que no início da minha carreira na Policia combatíamos o chamado jogo do bicho. Este digo que mais honesto que os jogos bancados pelo estado. Por quê? Simplesmente por que se você ganhar um milhão de reais em qualquer destas loterias e quiser jogar todo o valor, sua aposta será aceita, mas no jogo do bicho não e por uma simples razão que é o fato de o mesmo ser lastreado na confiança. Se você pretender apostar 10 mil no milhar e na “cabeça”, a banca não vai aceitar, pois possivelmente não terá como pagar.
Até a próxima se Deus assim o permitir

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