domingo, 28 de março de 2010

Políticos são corruptos? Sim ou não?

28/03/2010

Por certo há muitos políticos corruptos. Há corruptos em todos os segmentos da vida pública. Há corruptos nas polícias, por certo no ministério publico assim como há no judiciário.
É comum se ouvir pessoas de todas as camadas sociais criticando políticos, políticos que muitas vezes eles mesmos colocaram em cargos públicos. Interessante e necessário ressaltar que o eleitor é único culpado pela péssima qualidade de políticos que temos em cargos públicos. Exemplos são fáceis de citar. Vivo em Xangri-Lá já faz dez anos e venho observando que a qualidade dos que ocupam cargos eletivos vem caindo de forma assustadora.
Temos um Prefeito que é um desastre, se desonesto não sei, embora ouça volta e meia algumas coisas ditas sobre ele e seus secretários. Mas incapaz certamente. Nossos legisladores são um desastre. Nesses dez anos tenho ouvido tantas barbaridades e tenho observado condutas que dão vontade de atear fogo naquela casa. Não faz muito tempo foi apresentado um projeto criando serviço de moto táxi. Temos muitos táxis na cidade que não são táxis, apenas carros de passeio. Estas pessoas por certo chegadas aos administradores da cidade obtêm as tais placas e com isto ao comprarem carros novos são isentas de tributos assim como não pagam IPVA que eu e vocês pagamos por sermos menos iguais que eles. Voltando ao moto táxi, parece-me que o autor de tão “importante” e “relevante” projeto esqueceu-se de fazer constar da norma que a cada passageiro deverá ser fornecida uma touca higiênica, pois há uma criatura minúscula (não estou me referindo ao prefeito) que é o tal piolho que grassa nas escolas públicas e não é de hoje, em todos os quadrantes deste estado. E levanto esta questão não por mim vez que já tenho um brilhante capacete, pois que desprovido de cobertura capilar.
E não é só isto. Faz alguns anos quando da distribuição da medalha Sambaqui, um dos nossos edis ao usar da tribuna disse textualmente: “vou falar sobre a árvore “genital” de meu homenageado”.
Eu gravava as sessões do legislativo e ao ouvir a mesma, mandei ao Tremendão (Fernando Albrecht) um email e ele colocou tal em sua coluna no jornal do Comercio. Quando da primeira Sessão da legislatura anterior a Secretária da mesa ao ler Ata de Sessão última da legislatura anterior ao invés de ler “unanimidade” leu “humanidade”. As gargalhas vieram sem que pudesse contê-las o que me fez sair correndo do plenário, mas a vereadora não gostou num um pouquinho de minhas gargalhadas. Depois toda vez que ela lia um ofício recebido, ao invés de ler cordialmente, lia “cordiosamente”. Certo dia cansado de ouvir cordiosamente, ao retornar para casa depois da sessão, me pus a filosofar, ops, filosofar não, pois isto hoje é privilégio de que tem ostente um diploma de filosofia, o que não é o meu caso, pois sou tão somente um apedeuta que é igualmente auto didata.
Como disse, já em casa e pensando, lembrei de minhas aulas de latim coisa que nos currículos atuais não consta. Lembrei então de cor,cordis, substantivo masculino da terceira declinação e que significa coração em nosso idioma. Assim sendo o cordialmente é uma forma de cumprimento que vem desde o medievo e que ainda acreditamos que os nossos sentimentos tenham origem no coração. Não temos o hábito de pensar, um dos grandes males que afligem a humanidade, pois o coração e tão somente aquele que bombeia o sangue que leva o alimento ao cérebro que é o oxigênio. Logo os nossos sentimentos se originam no cérebro.
Nossa vereadora na verdade criou mais um neologismo que vem a ser sinônimo de cordialmente. Será ela uma filóloga? Não sei, mas penso que possível. Estes são os nossos políticos.
Voltando ao assunto inicial que são os políticos corruptos. O Maluf é um claro exemplo de político desonesto e corrupto. Ocorre que ele foi reconduzido à Câmara Federal com centenas de milhares de votos. O que dizer de seus eleitores? É bom nem falar. Mas sempre baixamos a lenha nos políticos por que corruptos. E para que tenhamos um corrupto, necessário que tenhamos um corruptor, vez que um não pode existir sem o outro. É o mesmo caso do ladrão que não sobreviveria em o receptador. E quem são os corruptores?
Neste caso são pessoas de expressão nos meios sociais e empresarias, pois quando algum político mete a mão em nosso dinheiro ao contratar uma obra, obviamente que na outra ponta do processo está um “empresário”. Óbvio que há empresários honestos e muitos, mas há os empresários corruptores. Só que estes pousam de honestos e são citados nas colunas sociais. Qual dos dois é mais ordinário, o político ou o empresário?
Agora vou a outra questão que há muitos anos me faz pensar.

Aqueles que empresários e corruptores, assim como os corruptos gostam muito de dinheiro e quem gosta tanto assim de dinheiro por certo não tem escrúpulos. Ouço os meios de comunicação dizerem ser o Fernandinho Beira Mar um grande traficante. Conversa fiada. Esse bandidinho cresceu dentro do trafico e tem por certo uma posição intermediária. Penso e tenho a forte convicção de que quem realmente comanda o trafico de drogas neste país são pessoas insuspeitas, que nós conhecemos como empresários bem sucedidos, pois toneladas de cocaína custam muito dinheiro e precisam de todo um esquema muito bem montado para a lavagem do dinheiro e isto não é tarefa fácil e precisa de envolvimento de casas de câmbio, bancos e por aí vai.
Como combater essa gente? Muito difícil, mesmo dificílimo, pois temos alguns institutos em nossa legislação que são uma barreira quase intransponível como é o caso do sigilo bancário. Além deste temos outros sigilos como o telefônico em que as companhias de telefonia celular têm criado obstáculos à Polícia para fornecer informações mesmo com determinação judicial, conforme ouvi de um Delegado de Polícia faz poucos dias.
Estes problemas são insolúveis, pois o eleitor não é consciente ao votar, colocando gente ordinária no Congresso Nacional, gente que trabalha contra ele. Isto vai continuar por muito tempo, muito tempo mesmo. Infelizmente muito pouca gente é honesta neste país.
Não sou mais honesto do que ninguém, mas neste sábado comprei carne no Mercado Miysashita em Capão da Canoa onde o filé mignon custa apenas R$ 15,00 o quilo. Eu e minha esposa fizemos as compras. Quando saímos do mercado, ao chegarmos ao carro comentei com ela que tinha achado muito baixo o valor que me fora cobrado. Foi neste momento que ela percebeu que não havia passado no caixa um pacote com carne. O que faria você amigo leitor? Não sei, mas eu voltei lá e passei o dito pacote no caixa com um pedido de desculpas pela nossa desatenção.
Até uma próxima se Deus assim o permitir.

sábado, 27 de março de 2010

O linchamento e o julgamento dos Nardoni.

22/03/2010
Hoje será iniciado o julgamento do casal Nardoni por homicídio. Na madrugada deste domingo assisti ao Jornal das 10, no Canal 40 (Globo News) e me revoltei quando o editor deixou claro o propósito de “vender” a notícia, para tal foi estabelecido um cotejo entre promotoria e defesa. Disse o repórter que o promotor já participou de 1077 júris (o que acho difícil), tendo conseguido 1.000 condenações enquanto o defensor já teria atuado em 17 júris, alcançando 15 absolvições.
Vamos examinar os números do promotor. Por ano ele trabalha 11 meses, pois um é de férias. Somenos então 22 dias úteis mês por 11 meses e teremos 242 dias de trabalho por ano. Isto multiplicado pelos 22 anos de carreira resulta em
5.324 dias. Estes dias divididos por 1.077 júris resulta em um júri a cada 04 dias. Quem conhece o processo penal que se inicia quando do acolhimento da denúncia do MP pelo Magistrado, após o recebimento do IP policial sabe que isto é impossível. Temos algo que não condiz com a verdade. Podemos concluir que há um enorme jogo de interesses no qual o que menos interessa é este casal, hoje tão somente um objeto em função de interesses múltiplos.
O objeto do júri é tão somente definir se são os autores da morte da menina ou não, ou melhor, este deveria ser o objeto. No caso temos não um julgamento e sim um linchamento já consumado pelas emissoras de televisão que durante meses marcaram não só os supostos autores assim como os familiares destes de forma cruel e nojenta. Tudo em prol de aumentar a audiência visando faturar mais com publicidade. A possível inocência do casal pouco importou, pois a ordem era massacrá-los, deixando a ética de lado, algo vergonhoso.
Algo semelhante ocorreu faz alguns anos na mesma cidade de São Paulo. Um casal que mantinha uma escola infantil foi acusado de violência contra crianças. O Delegado de Polícia que conduzia as investigações gostou da exposição na mídia e todo o dia deitava falação. Resultado: a escola foi depredada e o casal desmoralizado. Algum tempo depois provas surgiram e irrefutáveis de que tudo não passara de uma mentira. O estado de São Paulo foi condenado a indenizar as perdas materiais. E como ficou a vida do casal? Este nunca mais será o mesmo. Isto pouco importou aos meios de comunicação, pois faturaram em cima e o que restou nada significa aos concessionários desses meios de comunicação. Isto é a destinação dos meios de comunicação? Óbvio que não, pois a ética deve prevalecer. Não tenho saudade da censura, mas sou forçado a reconhecer que caberia bem neste caso. Importante lembrar que os canais de rádio e televisão não são propriedades de quem os explora e sim uma concessão do estado e como tal devem ser usados de forma responsável. E o uso destes meios foi responsável? Tenho certeza de que não.
Temos ainda o caso da prisão preventiva, a mesma aplicada ao ladrão Arruda, pois gravado recebendo propina e que tentou tumultuar a investigação durante a formação da prova. Justíssima a prisão. Ele deverá ter a prisão relaxada em breve. Os Nardoni estão trancafiados faz dois anos quando a PP tem prazo de pouco mais de oitenta dias. E aqui aflora uma pergunta. Se forem inocentados pelos jurados, como lhes serão restituídos estes meses em que estiveram presos e inocentes?
As emissoras de televisão tanto ou mais do que o rádio, pois tem a imagem, são canhões que mal usados produzem estragos irreparáveis. Necessário pensarmos muito sobre esta forma de comportamento dos concessionários vez que públicos os meios que usam para faturar, mesmo que para isto massacrem inocentes.
Minha esposa quando falei a ela que estava rabiscando este texto me disse: não tens vergonha do que vão pensar os que lerem isto? Respondi a ela que não tenho vergonha de pensar e expor o que penso, tenho sim tristeza quando observo que multidões são facilmente manipuladas pelos meios de comunicação. Disse a ela que a quase totalidade das pessoas hoje não pensa, deixando que pensem por elas. E citei a historinha da bíblia em que Noé com sua arca foi do pólo norte, onde apanhou um casal de ursos polares ao pólo sul onde apanhou um casal de pingüins. Todos, ou melhor, quase todos engolem esta ”verdade” que lhes é vendida há séculos. Precisamos exercitar mais o pensamento, ou não passaremos de massa de manobra. Vamos acordar?

domingo, 21 de março de 2010

Televisão e rádio no Brasil

21/03/2010



Acabo de assistir na TV Cultura de São Paulo o programa Sr. Brasil, com Rolando Boldrin. Tão logo sintonizei a emissora vi um grupo tocando um samba. Havia um instrumento de percussão, violão, cavaquinho e um instrumento de sopro que não consegui identificar. Todos eles nossos irmãos brasileiros, mas todos com pele branca. Música gostosa de ouvir. Observei um público de um comportamento exemplar, pois todos ouviam em absoluto silêncio durante a execução da música.
E neste momento lembrei-me do programa do senhor José Eugênio Soares, levado ao ar pela poderosa, no qual durante a execução de músicas todos batem palmas. Educação se trás de berço, dificilmente se adquire. Pode-se sim melhorar a educação, friso, desde que trazida de berço.
Semana passada estava em uma lancheria, por volta das 23horas aguardando um lanche que havia encomendado e vi que todos prestavam atenção na TV afixada na parede. Dirigi meu olhar ao televisor e via o tal “Grande Bosta Brasil” em cena deplorável, pois uma “bicha” pretendia executar uma dança sensual.
Chegando a casa enquanto ingeria o lanche fiquei pensando da reação do tradicional segmento conservador à idéia de controle sobre os meios de comunicação. Hoje não temos mais censura, pois há uma instituição cujo nome me foge à memória e que auto-regulamenta o setor. Regulamenta uma ova. A cena que assisti se for levada ao vivo no mais rasteiro puteiro desses que abundam à beira de rodovias, por certo a “bicha” não sai viva de lá.
Temos no país redes de televisão que cobrem todo o território nacional. Isto é um absurdo, pois em nenhuma outra nação por mais democrática que seja tal não é permitido. E o abuso deles é tão grande que uma rede regional de rádio e TV já conseguiu na justiça o direito de colocar no ar “A Voz do Brasil” quando lhes for mais conveniente.
Resumindo: eles são concessionários de um serviço público (canal de rádio), mas não aceitam “ceder” ao governo espaço quando este apresenta tradicional programa radiofônico de fundamental importância como, por exemplo, à navegação, pois acima de tudo está o interesse deles em faturar.
Em Santa Catarina a conhecida repetidora (RBS) detém o oligopólio nas mídias impressas e televisivas. Felizmente a Procuradoria Geral da República já tomou providências para detonar este absurdo.
Esta é uma de nossas tristes realidades, infelizmente.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Constatações em uma curta viagem.

05/03/2010
Ontem à tarde saímos de nossa residência e tomados o rumo de Taquara e depois Rolante. Quando saímos de Santo Antonio da Patrulha ingressamos na rodovia RS-474 que num trecho de apenas 22 quilômetros nos levaria à rodovia RS-389 que liga Novo Hamburgo a Rolante. Havíamos rodado um bom trecho quando chegamos num local denominado de praça de pedágio. Nome interessante não? Ali paramos e visitei o sanitário, pois o diurético continuava fazendo seu efeito. Um sanitário como tantos outros, simples e limpo, apenas isto. Saindo do sanitário nos foram cobrados R$ 6,00 pelo uso do mesmo. Confesso que achei caríssimo, mas a viagem seguiu e ao chegarmos à RS-239 entramos à esquerda rumando para Taquara. Foram uns quatro quilômetros e desistimos, retornando então no rumo a Rolante. Por que desistimos? Desistimos, pois o governo do estado tomou aulas de como não conservar vias públicas com o prefeito de Xangri-Lá, Dr. BASSANI, o atual. Era uma cratera encostada noutra. Do ponto de encontro dessas das rodovias até Rolante já não havia crateras, apenas buracos enormes. Cumprido nosso objetivo retornamos de lá depois das 23 horas. Na ida observamos no tal pedágio instalações da polícia rodoviária ostensiva do estado, cuja porta estava aberta e havia duas viaturas ali estacionadas. No retorno ditas viaturas continuavam ali estacionadas e porta e janelas fechadas com as luzes apagadas. Por certo estavam dormindo e se houvesse algum roubo contra os ladrões, digo senhores da rodovia, seriam então acordados a fim de perseguir os bandidos. Bandidos? O seis reais pagos na ida até se justificam, pois além do sanitário pudemos observar algumas centenas de pés de maricás totalmente floridos, o que justificaria perfeitamente o valor cobrado. Mas na volta penso que não deveriam nos ter cobrado pelas razões que seguem: não usamos o sanitário e não mais observamos os maricás floridos já que era noite fechada e tínhamos que nos concentrar no asfalto alcançado pelos faróis por questão de segurança. Moral da história. Penso que tenhamos sido roubados, pois pagar R$ 12,00 para rodar 44 quilômetros numa rodovia construída pelo estado com o dinheiro de nossos tributos é abusivo, ainda mais se considerarmos que a obra quando do inicio da cobrança recém havia sido construída, não havendo a alegada necessidade de conservação imediata. E se comparado com o caso da rodovia expressa que liga nossa Capital a Osório, onde se paga R$ 7,00 para rodar numa rodovia segura por cerca de 100 quilômetros, aí fica claro que algo de muito estranho aconteceu nesse estado. E o pior de tudo é que esta governadora queria estender esses contratos lesivos aos nossos interesses por mais um bom tempo. É como disse faz poucos dias alguém numa roda de amigos aqui na praia, esse ano vai haver eleições. Penso que quem assim falou é um sujeito muito maldoso. Vocês concordam?
Lembro que quando foi submetida a recapeamento asfáltico a rodovia RS-115 que liga Taquara a Gramado com cerca de 40 quilômetros de extensão, foram duas as empresas contratadas; Sultepa e Brita Porto-Alegrense, Mineração e Construções. Ao final da obra surgiu nova empresa, Brita Rodovias que passou a cobrar pedágios. Já a rodovia RS-474 ligando Santo Antonio da Patrulha a rodovia RS-239 foi iniciada no governo Collares e entregue a uma construtora do Rio de Janeiro. Iniciado o governo Brito o contrato foi rescindido e chamada outra empreiteira. Ainda no governo Rigotto a Brita Rodovias colocou nela a tal praça de pedágios, mas não pode nos tomar dinheiro porque Rigotto não autorizou. No primeiro dia do atual governo começou a “cobrança”. Ouvi dizer que a Brita tem como principal acionista conhecido empresário ligado a partido político e ex-dirigente de clube de futebol. Como não tenho certeza disto omito o nome que ouvi. Será que o Bu$atto que abriu o bico não poderia nos dizer se verdade ou não, pois sendo ele ligado aos governos por certo é sabedor disto e de muito mais.