21/03/2010
Acabo de assistir na TV Cultura de São Paulo o programa Sr. Brasil, com Rolando Boldrin. Tão logo sintonizei a emissora vi um grupo tocando um samba. Havia um instrumento de percussão, violão, cavaquinho e um instrumento de sopro que não consegui identificar. Todos eles nossos irmãos brasileiros, mas todos com pele branca. Música gostosa de ouvir. Observei um público de um comportamento exemplar, pois todos ouviam em absoluto silêncio durante a execução da música.
E neste momento lembrei-me do programa do senhor José Eugênio Soares, levado ao ar pela poderosa, no qual durante a execução de músicas todos batem palmas. Educação se trás de berço, dificilmente se adquire. Pode-se sim melhorar a educação, friso, desde que trazida de berço.
Semana passada estava em uma lancheria, por volta das 23horas aguardando um lanche que havia encomendado e vi que todos prestavam atenção na TV afixada na parede. Dirigi meu olhar ao televisor e via o tal “Grande Bosta Brasil” em cena deplorável, pois uma “bicha” pretendia executar uma dança sensual.
Chegando a casa enquanto ingeria o lanche fiquei pensando da reação do tradicional segmento conservador à idéia de controle sobre os meios de comunicação. Hoje não temos mais censura, pois há uma instituição cujo nome me foge à memória e que auto-regulamenta o setor. Regulamenta uma ova. A cena que assisti se for levada ao vivo no mais rasteiro puteiro desses que abundam à beira de rodovias, por certo a “bicha” não sai viva de lá.
Temos no país redes de televisão que cobrem todo o território nacional. Isto é um absurdo, pois em nenhuma outra nação por mais democrática que seja tal não é permitido. E o abuso deles é tão grande que uma rede regional de rádio e TV já conseguiu na justiça o direito de colocar no ar “A Voz do Brasil” quando lhes for mais conveniente.
Resumindo: eles são concessionários de um serviço público (canal de rádio), mas não aceitam “ceder” ao governo espaço quando este apresenta tradicional programa radiofônico de fundamental importância como, por exemplo, à navegação, pois acima de tudo está o interesse deles em faturar.
Em Santa Catarina a conhecida repetidora (RBS) detém o oligopólio nas mídias impressas e televisivas. Felizmente a Procuradoria Geral da República já tomou providências para detonar este absurdo.
Esta é uma de nossas tristes realidades, infelizmente.
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