domingo, 13 de junho de 2010

Opinião Enviado em 13 de Junho de 2010
Publicado por Ruy Gessinger
Li um interessante artigo em ZH de ontem, em que se apela para deixar a internet um pouco de lado, em prol de aconchego e do convívio. São ponderáveis as razões e a leitura é de proveito.
Mas me lembrei de algumas coisas.
Quando eu era gurizinho bem novo, o que mais gostava de fazer era me enfurnar no meu quarto e ler Winnetou de Karl May, Seleções do Readers Digest e acompanhar os jogos de xadrez que eram reproduzidos no Correio do Povo. Sim, aprteciava jogar futebol e dar fundaços nas pombas rolas, mas gostava mesmo era de me refugiar no quarto e ler. Acho que foi por isso que suplementei muita coisa que a rua e a escola não me deram.
Quando assumi meu cargo de juiz em Horizontina, em 1972, só conseguia falar com meus pais em S. Cruz através do radioamador. Eles tinham que ir até a casa do meu primo Otávio Beck e eu ia na casa de um radioamador de Horizontina, cujo nome não me recordo e aí conversávamos. Esse meu primo passava horas, dias e noites, falando através do radioamador, encerrado em um quartinho, com todo o mundo. Ficava recluso no quartinho, isso mesmo, horas e horas, falando e falando com gente que nunca viu e que nunca veria.
Depois surgiu a onda do rádio faixa cidadão, os famosos PX. Acho que isso foi lá pelos anos 80. Eu tinha um rádiotransmissor no meu carro. Bah, eu entrava no carro e já ia falando com desconhecidos. Cansei de o carro estar na garage e eu me sentar dentro e ficar horas falando .
Não sei não. Mas eu tenho um pouquinho de alergia a junção de gente, todo mundo falando ao mesmo tempo, tenho um pouco de urticária com visitas ou reuniões prolongadas e não aguento palestras, nem formaturas, nem festas de juntamento de conhecidos ou turmas de formatura.
Muita gente é assim.
E a internet, se resulta em algumas mortes ou crimes passionais, de outro lado é um belíssimo meio de instrução, de busca de cultura e de informação independente.
Claro, até remédio, tomado em excesso, mata.
Mas é da natureza do humano ficar solito às vezes.
Ou não é a coisa mais linda matear solito numa madrugada?

COMENTÁRIO DO LOEFFLER

Ruy muito interessante este artigo sobre Internet. Todos os dias ao meio-dia sintonizo a repetidora a fim de assistir o tal JA, hoje o moderno circo, vez que sempre vai a uma cidade do interior com os seus “artistas” e de lá transmite levando uma montanha de dinheiro das Prefeituras. E esses Prefeitinhos adoram aparecer na TV. Os grandes grupos de comunicação odeiam a Internet, pois dentro de seus veículos conseguem controlar os conteúdos, mas a Internet trás a todos nós aquilo que querem esconder. No final do ano passado o Prévidi lançou um livro com o título ”Farofa e Pimentão” o qual tem uma história minha de praia. São mais de vinte historias vividas por várias pessoas em nosso litoral. Naquela ocasião conheci uma figura simpática e educada que me ofereceu seu cartão. Não pude fazer o mesmo, pois ainda não providencie cartões de visita. Dita pessoa amabilíssima perguntou se poderia me visitar aqui na praia. Respondi que teria imenso prazer em recebê-lo em minha residência, mas que não me viesse oferecer patrocínio de uma instituição estatal na qual trabalha, pois isto me tiraria a liberdade editorial que tenho por não vender espaços publicitários. Ele não apareceu aqui no verão. Dia 7 do corrente em outro lançamento de livro nos encontramos. Cobrei a visita dele e disse-me que não veio ao litoral, mas que vai me visitar. Já fui consultado por uma banca de advocacia de Porto Alegre sobre anúncios no meu blog. Digo aqui que ainda não respondi a consulta. Reconheço que foi grosseria de minha parte, pois faz bem mais de um mês. Não houve maldade de minha parte, pois o volume de mails que recebo está ficando muito pesado a um só. Preciso repensar o site.

Fonte: http://blog.gessinger.com.br/

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