19/11/2010
Hoje à noite num canal de TV assisti um membro do MPF com um brinco na orelha esquerda deitando falação sobre o Tiririca que segundo ele é analfabeto funcional. Querem impedir o Tiririca de assumir o mandato de deputado federal para o qual recebeu mais de 1,3 milhões de votos do povo de São Paulo. Penso eu o alvo realmente não seja o Tiririca, pois é do conhecimento público que podem cassar o Tiririca, mas os votos são do partido. Penso que haja algo muito sério por trás disto, pois há um sujeito poderoso que tem alguém de sua família como sócio em um negócio a filha de um determinado político. E este poderoso deve estar bolando alguma forma de tomar os votos deste partido e não pelo Tiririca, mas sim pelo Protógenes Queiroz, Delegado da Polícia Federal eleito por este arrastão do Tiririca. Seria a tese da ilegitimidade da candidatura a fim de anulara votação? Com aquele Ministro Gilmar Dantas não duvido demais nada.Mas isto não nos atinge aqui no sul de forma direta, pelo menos por enquanto.
Por falar em analfabetos funcionais como classificar os nossos políticos aqui da região? Quando mudam o Regimento Interno de uma Casa Legislativa a fim de não serem mais obrigados a ler o expediente, estes são o que? Seriam analfabetos funcionais? Pois nestes últimos anos ouvi coisas do arco da velha partindo de políticos aqui do litoral. Querem saber de algumas? Certa feia num discurso quando da entrega de medalhas comemorativas foi dito na tribuna: “vou falar sobre a “árvore genital” do meu homenageado.
Ou “fomos a Brasília, mas eu não sabia que tinha que levar projeto”. Afinal de contas foi fazer o que mesmo em Brasília com o dinheiro do contribuinte?
Numa outra ocasião ao ser lida uma Ata ouvi “aprovado por humanidade” ao invés de unanimidade.
Ouvi ainda “o veronsita não vem no inverno por que o sol é gelado”. E havia alguém que quando estava escrito cordialmente, conseguia ler cordiosamente. E foi nesta ocasião que me pus a refletir e percebi que cada vez temos pensado menos. Por que razão não sei, mas muitos se comportam como papagaios repetindo tudo o que ouvem. Perdemos o hábito de pensar. Cordiosamente ao invés de cordialmente fere o ouvido de ouvintes mais atentos. Ocorre que o cordialmente é algo ainda do medievo quando se tinha a idéia de que o centro da razão era o coração quando hoje está mais do que provado que o coração tão somente empurra via corrente sanguínea ao cérebro o alimento do mesmo, ou seja, o oxigênio. Então por que usar cordialmente? Aí lembrei que nos meus tempos de escola se estudada latim e com isto muito se aprendia sobre a etimologia dos vocábulos de nosso idioma e até mesmo do inglês. Exemplo: cor, cordis, substantivo masculino, terceira declinação. Daí deriva o gentílico dos que nasceram Três Corações, MG, que é tricordiano.
Essa figura política que lia cordiosamente ao invés de cordialmente pode ser compreendida da seguinte forma: criou um neologismo, sinônimo de cordialmente. Se assim for admitido por certo se trata de uma filóloga. E a esta altura do jogo quem mesmo é analfabeto funcional?
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