21/11/2010
Aqui nesta República de Piratini, antiga Xangri-Lá, ocorrem coisas que fogem do mundo real, daquele mundo em que nós fomos criados. Nossa (des) administração que faz poucos dias foi obrigada afastar seu todo poderoso Secretário de Administração e Finanças tendo em vista haver sido o mesmo condenado em processo crime acaba de celebrar um contrato sui generis, alugando não um eqüino como nós conhecemos aí no Brasil, mas um animal cavalar. Referido animal cavalar foi alugado da senhora GENI RODRIGUES DOS SANTOS e vem acompanhado pela respectiva encilha completa, capa de chuva, chapéu e uma corda para realizar a ronda e apreensão dos animais (eqüinos e bovinos) soltos nas Vias Públicas do Município. VALOR: R$ 3.240,00
PRAZO VIGÊNCIA: 12 meses.
Houve dispensa de licitação conforme preceitua a legislação vigente.
O interessante é que temos no quadro de servidores três com tal obrigação específica, ou seja, nada mais são obrigados a fazer senão a ronda acima referida. Não há um curral municipal. Os citados servidores estão no quadro desde que aqui viemos residir, faz mais de 10 anos. Estas locações sempre foram feitas.
Com muita freqüência, tanto durante o dia quanto durante a noite tenho visto eqüinos soltos pela cidade, mas jamais vi nestes últimos dez anos o tal ronda nas ruas e avenidas. E Ronda significa efetuar ronda, circular, mas isto não ocorre. Penso seja esta uma maneira de transferência de receita a algumas pessoas.
Temos um local chamado PARQUE DE EVENTOS localizado no outro lado da Rodovia RS-389 (Estrada do Mar). Mas tal local é sagrado e destina-se tão somente aos eventos típicos desta República de Piratini, pois todas as demais festas e que não são poucas com nosso dinheiro são realizadas no centro da cidade interrompendo a Avenida Paraguaçu. Isto enche o saco dos comerciantes e inferniza a vidas dos que habitam naquela Avenida e imediações. Tal divulgação encontrei num jornal que tem contrato com nossa Prefeitura para divulgação de atos oficiais a um custo mensal de R$ 2.800,00. Contrato necessário por imposição legal. O jornal do mesmo proprietário da emissora de rádio AM (única) existente em Capão da Canoa. Por falar na emissora de rádio esta tem um contrato com nossa Prefeitura ao custo mensal de R$ 8.000,00, ou seja, a um custo anual de R$ 96.000,00. Somados os dois contratos o erário municipal gasta exato R$ 129.800,00 somente com esta empresa. Temos ainda despesa com o Jornal do Comércio, este de circulação estadual. Igualmente leva dinheiro daqui a repetidora da poderosa, mas este é um capítulo a parte. Pois tais contratos não são públicos e nem mesmo licitação há. Há um festerê todos os anos em Atlântida que inferniza a vida da comunidade o qual é tratado em segredo, pois nem mesmo é divulgado quanto essa empresa deve à cidade. Dizem que é uma importância vultosa, mas nada divulgado. Interessante que a única empresa que mantém seus estúdios em nossa cidade durante o período de veraneio a TV PAMPA nunca é lembrada nas horas boas.
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