13/11/2009
Na tarde desta quinta-feira, fui como já faço faz dez anos até a barbearia do Paulinho, próxima de minha residência aqui em Xangri-Lá. O corte de cabelo incluindo aparar a barba me custa apenas R$ 6,00. Já custou menos, pois nos meus primeiros nove anos aqui custava apenas R$ 5,00. Lá estavam dois guris penso que com idade na faixa dos 11 ou 12 anos. Dois moleques camaradas. O que cortava o cabelo naquele momento é um afro descendente (isto agora é moda) e outro loiro com olhos absolutamente azuis, o que lembrou meu neto, aliás, os meus três netos, pois todos têm olhos azuis, herdados de minha esposa. Conversei com o loiro e disse a ele que me lembrava de muito meu neto. Perguntei-lhe se natural daqui e ouvi como resposta ser ele americano. Como todos somos americanos, pedi-lhe fosse mais específico e ele me contou ter nascido em New Jersey, filho de mãe brasileira e pai americano. Hoje ele vive e estuda numa escola municipal daqui. Impressiona o fato de que ele não demonstra ter nascido fora de nosso país, pois fala nossa língua com absoluta correção. Na despedia, depois que ele também tivera seus cabelos cortados, despedi-me dele em seu idioma e recebi a resposta esperada. O meu amigo Paulinho pensou que eu falo inglês, mas como não tenho por hábito enrolar os demais, disse-lhe francamente que apenas entendo algo naquele idioma, o que é verdade.
Agora na madrugada assistindo o jogo entre Nigéria e Espanha pelo mundial sub-17, realizado em Lagos, Capital nigeriana, soube que a Suíça havia goleado a Colômbia por 4 x 0. A Nigéria acaba de marcar um gol, estando, pois em vantagem. 1x0.
O time suíço confesso que me causou certa tristeza. Faz poucos dias assisti parte de um jogo deles. O que o time deles menos tem é jogadores nacionais. Penso que sejam todos estrangeiros levados para lá e nacionalizados. Uma verdadeira legião estrangeira, algo que jamais pensei fosse ocorrer. Mas em tempos da tal globalização tudo mesmo é possível. Temos, pois a cidadania artificial, vez que tudo que não seja natural, deva ser artificial. Deixo aqui uma pergunta: para onde caminha a humanidade?
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